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Salazar | Exaltation of the human frailty | Enlighten the beauty in the dark | Awaken the collective sub_conscience

Wozen Exhibition

The Absence of Awareness: Flúor, Concrete, Lava

Salvador Salazar (1988) was born in Lisbon, where he lives and works. The artist began his professional career on the same path as this generation at the turn of the millennium, developing his multifunctional skills in order to be able to enter and remain in the labor market.

During the first years of his professional career, Salazar worked in several companies in the area of communication and advertising, experimenting and exploring his creativity through illustration, photography and graphic design. After six years of deep reflection, exploration and self-analysis, Salvador realized that his work was only part of a shallow and sick universe, facing a culture of superficial consumption that permeates human relations.

This moment was the artist start point to dedicate himself exclusively to an anthropological investigation based on his generation and the psychic and behavioral unfoldings as a consequence of this real / virtual transition. His artistic production involves silent themes in society such as human frailty, ego, mind, subconsciousness, the digitization of personal relationships, and the psychological disorders associated with anxiety, loneliness, and depression.

In the last year Salazar found himself faced into an inner cry, a need to go deeper and reach the sleeping layers of his own consciousness. In 2017 the artist co-created the sub_realismo movement as a way to question the role of art within contemporary society and to be a tool of self-criticism, self-healing and contribute to the awakening of a generation that lives a contrast with the flow of intense information and content, but in a dormant state relative to its place and purpose in the world we live in.

Sub_realism is an agglomerator of modern artistic trends and questions. It's ultimate goal is leaving through art into the future; a testimony of what was lived and thought between the 80s and the year 2020.

Salvador develops his work through several graphic styles, although the theme is always the same: modern times, in which capitalism knows it's accumulation of opulence and decadence, being the sadness of human beings cause and consequence. However, despite the density of the subject this provocation is made in a sarcastic tone, using humor, pointing to social criticism and satire of the two most extreme poles of the sub_tempos: spirituality and consumerism.

For this exhibition, the artist explored his sub_movimentos, highlighting three important pillars: #Traumatism comes from the idea of trauma with the propose of recycling memory objects, making art with garbage, and thus address the issue of pollution and sustainability; #Magnetism: In that it uses logos, marks and references as cartoons to magnetically attract the eyes of the viewers, as a kind of necessary evil, to criticize the social immediacy; and #Imperfecionism: where the raw expression prevails through a genuine, childish and unfiltered trait. A critique on the desire for perfectionism of the contemporary world, the "perfect" life as a reference of success, creating a condition of competitive individualization and psychic isolation that provokes an extreme fragility and the increase of young people with a marked tendency to unhappiness.

Salazar's work exalts beauty in the dark, a nightmare as a form of adventure, where colors are the weapons and he uses them not to fear. Your subject is bravery and obsession. A work on metamorphosis. The meaning of life in a constant mutation, how scary it may seem but how could it not be?! Without mercy, destruction meets creation, creation meets destruction. To live is to experience and the memories learned for a constant self_evolution.

“There were 3 months of residence. 10 hours per day. 6 days per week. They were 400 nails. 10 litres of ink. 1 bucket of lava. 2kg of coffee. 8 metres of Canson paper. Buckets of cement. A lot of reused wood to build painting and drawing supports. Garbage that become conscient art. Sustainable. A mind that, naturally, has suffered a necessary metamorphose to des-construct the work from the times prior to the residence. A tired body, hurt. A stripped skin. Bumpy and in need of rest. Maybe 720 hours. High spirit, renewed, conscient and more than urgent. In a romanced analysis, this residence helped to find one more piece missing to the inner artist. In a practical way, revealed new processes. Simpler, in more depth. The work that has been produced is composed of almost 50 paintings and 80 drawings. Two tentative installations and one video. It is about the ‘Auto Beijo a.#.a #Narcisismo. The consumption society and the non-social networks. It is about the vices and their cures. The brands and their contours. It is mainly about the human condition and the collective sub conscience. I hope you like it.” - Salazar

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Salvador Salazar (1988) nasceu em Lisboa, onde vive e trabalha. O artista iniciou sua trajetória profissional no mesmo caminho desta geração da virada do milênio, desenvolvendo suas multifuncionalidades com objetivo de conseguir se inserir e permanecer no mercado de trabalho.

Durante os primeiros anos de sua carreira profissional, Salazar trabalhou em diversas empresas na área de comunicação e publicidade, experimentando e explorando sua criatividade através da ilustração, fotografia e design gráfico. Após 6 anos de profunda reflexão, exploração e auto-análise, Salvador percebeu que seu trabalho era apenas parte de um universo raso e doente, diante de uma cultura de consumo superficial que permeia as relações humanas.

Foi a partir deste momento, que o artista decidiu dedicar-se exclusivamente a uma investigação antropológica com base em sua geração e os desdobramentos psíquicos e comportamentais como consequência dessa transição real/virtual. Sua produção artística envolve temas ainda silenciosos na sociedade como a fragilidade humana, o ego, a mente, o sub_consciente, a digitalização das relações pessoais e os distúrbios psicológicos ligados à ansiedade, solidão e depressão.

No último ano Salazar se viu diante de um grito interno, uma necessidade de ir mais profundo e atingir camadas adormecidas de sua própria consciência. Em 2017 o artista co-criou o movimento sub_realismo como forma de questionar o papel da arte dentro da sociedade contemporânea e ser uma ferramenta de auto-crítica, auto-cura e contribuir para o despertar de uma geração que vive um contraste diante de um fluxo intenso de informações e conteúdo, mas em um estado dormente em relação ao seu lugar e propósito no mundo em que vivemos.

O sub_realismo é um aglomerador das tendências Artísticas modernas, e o seu objectivo último é,através da arte, deixar para o futuro um testemunho daquilo que se viveu e pensou entre os anos 80 e o ano 2020.

Salvador desenvolve seu trabalho através de vários estilos gráficos, embora a temática seja sempre a mesma: os tempos modernos, nos quais o capitalismo conhece o seu cúmulo de opulência e decadência, sendo a tristeza dos seres humanos causa e consequência. Porém, apesar da densidade do assunto esta provoca_ação é feita em tom sarcástico, recorrendo ao humor, apontando para a crítica social e para sátira dos dois polos mais extremos dos sub_tempos: a espiritualidade e o consumismo.

Para esta exposição, o artista explorou seus sub_movimentos, destacando três importantes pilares: #Traumatismo onde engloba tudo quanto seja fazer arte com lixo, e assim abordar o tema da poluição e sustentabilidade; #Magnetismo: Em que utiliza logotipos, marcas e referências como cartoons para atrair magneticamente os olhos dos visualizadores, como uma espécie de mal necessário, para criticar o imediatismo social; e #IMPERFECIONISMO: onde prevalece a expressão bruta através de um traço genuíno, infantil e sem filtros. Uma crítica ao perfeccionismo do mundo contemporâneo, a vida “perfeita” como referência de sucesso, originando uma condição de individualização competitiva e de isolamento psíquico que provoca uma extrema fragilidade e o aumento de jovens com uma acentuada “tendência à infelicidade”.

O trabalho de Salazar exalta a beleza dentro da escuridão, um pesadelo como forma de aventura, onde cores são as armas e ele as usa para não temer. Seu assunto é bravura e obsessão. Um trabalho sobre metamorfose. O sentido da vida em uma constante mutação, como assustador possa parecer mas como não poderia deixar de ser. Sem misericórdia, a destruição encontra a criação, a criação encontra a destruição. Viver é experimentar e as memórias aprendizados para uma constante auto_evolução.

“Foram 3 meses em residência. 10 horas por dia. 6 dias por semana. Foram 400 pregos. 10 litros de tinta. 1 balde de Black Lava. 2kg de café. 8 metros de papel Canson. Cimento aos baldes. Muita madeira reaproveitada para construir suportes de pintura e desenho. Lixo que se tornou em Arte consciente. Sustentável. Uma mente que naturalmente sofreu a metamorfose necessária para desconstruir o trabalho que vem dos tempos que antecedem a residência. Um Corpo cansado, dorido. Pele esfolada. Esburacada e com necessidade de descansar. Se calhar, por 720 horas. Espirito elevado, renovado, consciente e urgente de mais. Numa análise romanceada, esta residência ajudou a encontrar mais um peça que faltava ao Artista interior. No sentido prático, desvendou novos processos. Mais simples, mas com mais profundidade. A obra realizada é composta por quase 50 quadros e 80 desenhos. Duas tentativas de instalação e um vídeo. É sobre o Auto_Beijo a.k.a #Narcisismo. A sociedade de consumo e as redes não_sociais. É sobre os vícios e as suas curas. As marcas e os seus contornos. E é sobretudo sobre a condição humana e a sub_consciência colectiva. Espero que gostem. ” -  Salvador Salazar

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