O artista São Tomense Kwame Sousa apresenta Reino Angolar: Utopias e Territórios na II Bienal de Sur. Pueblos en resistencia - Caracas, Venezuela
Dez 2017 | News Release
Após sua primeira residência artística na Wozen, o artista são tomense Kwame Sousa foi convidado a participar da II Bienal de Sur. Pueblos en resistencia no Museu de Belas Artes de Caracas, Venezuela (MBA) apresentando a série de trabalhos produzidos em nosso em nosso espaço atelier com o tema Reino Angolar: Utopias de Territórios.
Para fortalecer as conexões entre eventos sociais e expressões artísticas contemporâneas de um compromisso emancipador, o Instituto das Artes da Imagem e do Espaço (IARTES) consolida a segunda edição da Bienal do Sul. Povos na resistência; um convite internacional para refletir sobre formas, estruturas e meios expressivos a partir dos quais as relações entre arte e política são possíveis. A Bienal do Sul. Os povos em resistência são uma ação política comprometida com as transformações sociais necessárias para construir um mundo possível da equidade e da justiça, do confronto com o poder instituído, cujo principal desafio é convocar - em um diálogo de conhecimento - artistas que do compromisso com a solidariedade com as realidades de que fazem parte, confrontam e criticam a atual ordem social. Este espaço de diálogo das artes visuais coloca em questão o funcionamento das estruturas de poder no circuito internacional da arte contemporânea, sendo construído como um fórum para dar origem às vozes do mundo artístico que resistem às imposições de um mercado, Discurso acadêmico centrado no euro e sistema mundial capitalista que os torna invisíveis. A Bienal do Sul. Os povos na resistência invocam as vozes do mundo artístico contemporâneo para um fórum de discussão atual, construído em um diálogo multilingue, transfronteiriço e comprometido com a possibilidade de questionar e romper com os binarismos hegemônicos (Masculino / Feminino) (Centro / Periferia) (Dominação / Subordinação) que invisibilizam a diversidade e a pluralidade de Pessoas que lutam pelo respeito pelo seu lugar na sociedade contemporânea, todos os dias mais globalizados.
A partir de uma visão do Sul como um conceito além da geográfica, como um território de enunciação própria, no qual podemos nos ver e nos compreende de nossas realidades e não da perspectiva imposta pelos grandes centros internacionais de produção intelectual. Com o objetivo de criar uma mensagem contra a hegemonia cultural para gerar uma crítica dos estereótipos da beleza e da arte construídos a partir de O Ocidente que nos impede de nos reconhecer na pluralidade.
A Bienal do Sul. Os povos em resistência em cada edição prestam homenagem aos povos que foram exemplos em sua luta pela construção de um mundo possível de solidariedade e justiça. Nesta segunda edição, o país homenageado é a República de Trinidad e Tobago, como forma de reconhecer o trabalho intelectual que esta nação legou ao mundo. De uma gênese histórica colonial comum, onde a opressão, a exploração e o racismo marcaram o espaço cultural caribenho, foi estabelecido nas Antilhas um território de diversidades, de línguas, culturas e tradições tão plural quanto diversas. Cidades assinadas pela resistência aos poderes coloniais que, durante a séculos exerceram todo seu poder contra a possibilidade de autodeterminação do Caribe. Neste contexto, o povo de Trinidad e Tobago se destaca como um exemplo de luta e resistência. Pátria de grandes pensadores e pensadores como V. S. Naipul, Cyntia James, C. L. R James, que confrontou o poder instituído através seus pensamentos.